Do pop ao k-pop, se tem algo que se fez presente em vários lançamentos de 2020 e ainda de 2021 são os sons da era disco.

Nomes como The Weeknd, Miley Cyrus, Kylie Minogue, Doja Cat, Katy Perry, Dua Lipa, BTS, usaram e fizeram enorme sucesso com suas produções muito bem sucedidas que ainda continuam dominando as paradas mundiais.

Seja na sonoridade, ou no visual, o fato é que resgatar estilos vem sendo a aposta dos artistas no último ano. Tais artistas entraram nas nossas casas, nos fizeram arrastar o sofá e dançar como se não ouvesse amanhã.

Vai falar que você não se jogou na coreografia de “Don’t Start Now”? Ou se imaginou em um cenário de Vegas com “Blinding Lights”? Além disso, pode confessar que também quis aprender os passos de “Dynamite”.

A essência da era disco

Pois bem, todas as sensações causadas por vários desses sucessos de 2020 vem de algo longe de ser totalmente novo. Todo o conceito teve sua popularidade em meados da década de 1970.

Além disso, suas raízes vieram dos clubes de dança voltados para negros, latino-americanos, gays e apreciadores de música psicodélica, além de outras comunidades na cidade de Nova York e Filadélfia durante os anos 1970. Por isso o estilo é conhecido por ser o primeiro abraçado por casas de dança, denominados “discotecas“.

Familiaridade

Logo, com as influências musicais incluindo o funk, a música latina, psicodélica e a soul music, trazer o estilo as grandes produções é nada mais do que utilizar, mesmo que de maneira reciclada, beats e sonoridades de décadas anteriores tem uma outra função: gerar familiaridade nos ouvintes.

Quando um ritmo não é totalmente estranho ou desconhecido a aceitação dos ouvintes é até maior, isso também é um ponto que depende do público. Portanto, com esse sentimento de familiaridade 2020 entrou na capsula do tempo e voltou décadas atrás sem sair da atualidade.

É como no mundo na moda, uma hora ou outra as coisas voltam com força total fazendo sucesso. Na música também foi e é assim.

E a música nacional?

Tantos nomes internacionais, mas fique sabendo que o cenário nacional teve sim nomes que aderiram a essa volta no tempo. Um exemplo é a faixa “Bend The Knee” de Bruno Martini feat IZA e Timbaland. O clipe é extremamente rigoroso nos detalhes, desde o penteado a aos efeitos juntamente a sonoridade.

Pedro Sampaio também foi um dos nomes que apostou com tudo no single “Pode Dançar”. Afinal o DJ trouxe uma nova cara ao seu som com um conhecimento aprofundado do beats old school, trazendo diversas referências sonoras dos Anos 90, do Miami Bass e do Funk Melody. Por conseguinte, Pedro veio com uma batida dançante, os 130 bpm da música nos teletransportam para algumas décadas atrás.

Até quando vai durar essa fase?

O mundo da música não para, os artistas estão sempre trabalhando e inovando. E apesar de ainda estarmos ouvindo aluns lançamentos que nos remetam a era disco neste início de 2021 logo as referências serão outras.

Como já citado acima, é fácil comparar ao mundo da moda, o que era antigo vira algo novo com alguns ajustes para agradar o público atual. Agora só nos resta saber quais serão os estilos em altas nos próximos lançamentos no decorrer deste ano.

Enquanto isso, que tal se jogar nos hits shining through the city with a little funk and soul and light it up like dynamite?

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Alinne Torre

Formada em Comunicação Visual e em Jornalismo. Adora transmitir informação e entretenimento para o público jovem.

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