A presença de músicas brasileiras nas playlist de jovens é muito incomum uma vez que vivemos em uma sociedade que valoriza mais o que vem de fora do que o que já temos aqui – principalmente na questão de conteúdos de cunho cultural, como filmes, músicas e livros.

Nesse sentido, e aproveitando a chegada do inverno, separamos algumas músicas que vão aquecer seus dias, seus corações e te ajudarão a manter a mente relaxada. Vozes doces e arranjos que funcionam como massagem para o cérebro foram os critérios para a construção dessa playlist.

Confira:

Tim Bernardes – Talvez

Tim Bernardes, vocalista e compositor da banda ‘O Terno’ lançou seu primeiro álbum solo em 2017, ‘Recomeçar’. Seu trabalho é intrigante, ao mesmo tempo que as composições e arranjos possuem um tom mais melancólico, não transmitem a tristeza, mas sim conforto e inspiração.

“Eu não quis ouvir, fui me fechar pra tudo o que eu não conheço. Eu fui esperar acontecer o que eu criei na cabeça. Talvez não esteja aqui, procurei mas desisti, eu vou pra outro lugar. Talvez não seja para mim, o que eu quero não vai vir e eu nunca vou chegar.”

No dia 30 de junho, ele se apresenta em Brasília. Os ingressos podem ser comprados no Sympla.

Nina Fernandes – Tempo

Nina Fernandes, é uma jovem artista que transborda talento. Se suas composições pudessem ser definidas por palavras, diríamos que são a junção de um amor menos clichê com temas que são pouco abordados – como admiração artística e ansiedade. Além disso, o contraste entre os arranjos alegres, a voz doce e composições mais sérias é um fator que concretiza a originalidade de seu trabalho, tornando-o ainda mais interessante.

Nesse sentido, ‘Tempo’ é um relato sobre a vivência com ansiedade e a transmissão de um ensinamento sobre como não ser paralisado pela doença.

“Pra pular sem saber se dá pé, pra ser sem saber o que é. Pra quem não espera mais por nada. Só o tempo que o tempo dá”

Tuyo – Conselho do Bom Senso

Tuyo é um trio de Curitiba formado pelas irmãs Lay e Lio, e Jean. Suas músicas são resultado da fusão entre o orgânico e sintético – como é definido pela própria banda, e pela profundidade que suas composições estabelecem. Sentimentos são complexos e tornam-se próximos da arte em decorrência disso; é necessário mergulhar.

” Vou me colocar no meu lugar, vou me recompor pra evitar. Aquela fadiga de outra vez, um crime que eu não vou repetir, vou me colocar no meu lugar “

Próximo evento da banda: 29 de junho em São Paulo, confira noFacebook.

Liniker – Zero

Liniker é resistência, é revolução, é desconstrução. Ela é como um cubo mágico pois pode ser difícil de ser entendida por alguns, porém, quando é compreendida, torna-se apaixonante e viciante. Ouvir suas músicas sem a ver cantar é uma experiencia incompleta, com muito carisma, paixão e sinceridade, suas apresentações tornam-se algo terapêutico.

“A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar. Me lembro do beijo em teu pescoço, do meu toque grosso, com medo de te transpassar”

Liniker e os Caramelows começam a turnê internacional em julho. Fique de olho nas redes sociais da banda para acompanhar tudo de pertinho, e para não perder a próxima apresentação no Brasil.

Tetê Espíndola – Outro Lugar

Tetê Espíndola, é uma artista que une diferentes gerações com suas composições que ainda mantem-se atuais. Ela está presente no cenário musical há muito tempo, e em decorrência disso, poderia acomodar-se, porém, seus lançamentos sempre apresentam uma evolução musical. Tete Espíndola é uma representação pura do Brasil, e seu disco que mais ressalta esse fato é ‘Piraretã’.

“Não sou daqui nem sou de lá, sou sempre de outro lugar. Mas o que sou é onde estou agora, na lagrima no riso que aflora. Não sou do rio nem sou do mar, sou sempre de outro lugar”

A cantora, tem shows marcados em São Bento do Sapucaí e em São Paulo, mais informações podem ser encontradas no site oficial de Tetê.

TIAGO IORC – Desconstrução

Tiago Iorc, após passar muito tempo no anonimato, ressurgiu esse ano com um álbum repleto de simbolismos e críticas que foi completado pelas produções audiovisuais dirigidas pelo cantor. Depressão, amor e alienação virtual são alguns dos alvos de suas letras.

“Amanheceu tão logo se desfez, se abriu os olhos de um celular, aliviou a tela ao entrar. Tirou de cena toda timidez, alimentou as redes de nudez. Fantasiou o brio da rotina, fez de sua pele sua sina, se estilhaçou em cacos virtuais. Nas aparências todos tão iguais, singularidades em ruínas”

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Alinne Torre

Formada em Comunicação Visual e em Jornalismo. Adora transmitir informação e entretenimento para o público jovem.

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