O meu grupo brasileiro (ou o nosso) favorito anunciou a data de seu novo álbum, Les 5inq, com cinco faixas inéditas sucessoras do EP 5 e que chegará no dia 01 de fevereiro. Porém, no mesmo dia, as meninas anunciaram um novo fim para a banda.
Li Martins, que chegou a chorar no Instagram Stories dizendo-se tão triste e frustrada quanto os fãs, deu uma entrevista na qual revelou a possibilidade de um show de despedida – algo que o Rouge nunca teve. “É um até breve e não sabemos que o 2019 ainda nos reserva. Pode ser que amanhã tenhamos novas notícias. Depois do anúncio da pausa muitas coisas surgiram, propostas. Não estamos descartando um show de despedida”, ela disse em entrevista ao site UOL.
Li deixa claro que o motivo para a pausa é mercadológico. O Rouge não está conseguindo acompanhar o ritmo contemporâneo do mercado fonográfico. Elas retomaram a carreira da girlband de supetão, sem preparo.
“Ficamos por muito tempo fora e retornamos. Mas depois de um tempo sentimos que não estávamos preparadas para voltar. Estávamos empolgadas, eufóricas, com muita garra, muita vontade, muito amor e energia. Somos donas da marca, mas não somos empresárias. O mercado está diferente e precisamos estudar melhor”, admitiu.
O grupo nasceu em 2002, fruto da competição de talentos Popstar, do SBT. Entre o início e 2006, o grupo lançou quatro discos, com sucesso considerável nos dois primeiros. A primeira inédita após o retorno foi “Bailando”, seguida pelo EP 5 em 2018.
As meninas que um dia surgiram com o sucesso televisivo, tiveram um trabalho até que fácil para conquistar seu público. Um programa em rede nacional estava por de trás, um hit chiclete, programas com contratos para divulga-las e produtores famosos por de trás.
Hoje, em um mercado totalmente diferente, ROUGE teria que se reinventar. Agradar os fãs nostálgicos, mas atrair novos! Isso não aconteceu.
As apresentações eram palco para os sucessos antigos e fãs de gerações passadas. O pique das meninas já não era o mesmo. O mercado não foi estudado. Elas precisavam se mostrar, ir a mídia. Fazer parcerias! Fazer muitas performances. Fazer realmente uma campanha e não apenas lançar clipes.
Em um mercado digital, onde todo dia temos uma canção nova, emplacar um sucesso e chamar atenção nacional se tornou mais difícil. Porém, elas tem grandes prós a favor do grupo: já são conhecidas, já tem hits, são um grupo de mulheres poderosas que cantam e dançam. Ou seja, elas ainda podem SIM, conquistar um mega espaço.
Só falta elas se apoderarem mais e realmente abraçar essa nova oportunidade.
O novo hiato do grupo resultará no Rouge Sessions, uma sessão acústica de despedida.
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