Os últimos meses nos proporcionaram momentos de reflexão e de fato, muitos artistas dos mais diversos segmentos se reinventaram. E através do meio digital estamos tendo a chance de nos conectar com novos projetos. Desse modo, a Cia Carne Agonizante que completa 23 anos de função, contempla uma mostra com repertório do grupo que são considerados icônicos.
A mostra começou na última quarta-feira e vai até o dia 9 de junho. Além disso, os espetáculos estão sendo disponibilizados nas redes sociais da própria Cia. Para o diretor da companhia Sandro Borelli, “Todos os trabalhos escolhidos para esta mostra trazem questões universais da nossa sociedade contemporânea. Independente do espetáculo ter sido criado há quase 20 anos, como é o caso do espetáculo A Metamorfose, todos estão mais atuais do que nunca“. Portanto, permitir que todos tenham acesso à este conteúdo de forma gratuita é uma maneira de também contribuir com a sociedade no acesso a bens culturais, afirma o produtor Júnior Cecon.
Confira a programação:
04/07 – Um Artista da Fome
Apresentação realizada em agosto de 2008 na Galeria Olido – 48 minutos
Inspirado na obra homônima de Franz Kafka, o espetáculo trata da relação conflituosa entre o artista e o espectador. Criado em 2008, reflete sobre a busca incessante pela fama/poder/status/dinheiro na sociedade contemporânea e a consequente entrega aos prazeres pelas novidades de consumo, que geram um corpo coisificado e embrutecido, com um prazer mórbido pela informação banal e descartável, insensível à reflexão, aos valores éticos, sociais e políticos. Nesta encenação, o grupo assume mais uma vez o compromisso de criar, através da dança, um retrato realista de mundo atual, sem retoques, visceral e densa.
05/07 – O Canto Preso
Apresentação realizada em março de 2008 na Galeria Olido – 60 minutos
Criado em 2008, “O Canto Preso” é uma adaptação coreográfica do texto teatral “Bent”, de Martin Sherman, e tem como temas centrais o preconceito e o nazismo. Conta a história de um homem perseguido e preso por ser homossexual. Para amenizar seus horrores no campo de concentração, ele se fez passar por judeu, pois sabia que os homens que detinham o triângulo rosa em suas vestes estavam sendo massacrados pelos guardas da SS e humilhados pelos presos. Nesse lugar de sofrimento e extermínio em massa, se apaixona por outro homem de quem se torna amigo e amante.
06/07 – Estado Independente
Apresentação realizada em julho de 2009 no Teatro do Sesi em São Paulo – 54 minutos
A pesquisa e a criação do espetáculo, estreado em 2009, se apoiaram na revolução política e poética proposta por Ernesto “Che” Guevara nos anos 50 e 60, na figura lendária do guerrilheiro “cidadão do mundo” como ele próprio se definia, e na sua permanência no imaginário coletivo como um personagem de espírito incorruptível, indomável, e disposto a lutar contra a injustiça social. Nesta montagem, o palco invadido por uma escuridão sobrecarregada, é sobreposto por elemento de uma guerrilha, mas ainda assim, poética. Os intérpretes repercutem as questões sociais que podem permitir ao indivíduo, em grupo, buscar uma saída que lhes consinta sonhar com um mundo socialmente justo, honesto e ético.
07/07 – Produto Perecível Laico
Apresentação realizada em junho de 2011 no Centro Cultural São Paulo – 48 minutos
O espetáculo criado em 2011 abriga a poética do catarinense Cruz e Souza, considerado o mestre do simbolismo brasileiro. Por ser negro o poeta não obteve reconhecimento em vida, sofrendo duras humilhações e perseguições raciais. Faleceu no ano de 1898, aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão. Sua obra só foi reconhecida muitos anos após a sua morte. Sua poesia fala da finitude, da dureza de conviver com a angústia da perda, da solidão e da noite.
08/07 – Colônia Penal
Apresentação realizada em agosto de 2013 no Kasulo Espaço de Cultura e Arte – 75 minutos
Inspirado na obra homônima de Franz Kafka (1883 -1924) e na ditadura militar brasileira (1964-1985), o espetáculo criado em 2013 propõe que o insólito e o absurdo possam ser percebidos em várias situações: numa detalhada descrição de métodos de tortura dos regimes antidemocráticos abrigando e encobertando assassinos; na cruel e irônica omissão de um observador estrangeiro; então na estranha relação entre o poder oficial e o condenado.
09/07 – Não te abandono mais, morro contigo
Apresentação realizada em outubro de 2015 no Kasulo Espaço de Cultura e Arte – 49 minutos
O espetáculo apresenta dois amantes cansados e desiludidos pelo fim de uma paixão que se diluiu por conta da inevitável ação do tempo. O que prevaleceu foi o amor, como sentido de ausência de toda esperança. Ambos já estão mortos desde o momento em que se olham e se tocam, pois suas almas já partiram cabisbaixas para o desconhecido há tempos.
Acompanhe também os espetáculos da mostra que aconteceram nos dias 1, 2 e 3 de junho na página oficial da Cia. E para mais sugestões de peças como esta, siga o Portal Parada Pop e fique por dentro!
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