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Quando pensamos em grandes premiações logo vem em mente o Grammy para a música e Oscar para o cinema. Afinal, a maioria de nós crescemos assistindo a essas e muitas outras premiações que acontecem durante todo ano.

No entanto, há uma fase em que ver performances não nos cativa mais, pois precisamos entender a fundo como funcionam todos os processos, indicações e escolhas. Por isso, buscamos entender a indústria a fundo.

Então, é aí que os questionamentos começam e ficam constantes a cada premiação. Além disso, o senso crítico aflora e pensamos: “mas por que não foi tal artista?”, “o que será que levam em consideração?”.

Os problemas do Grammy

A desconstrução de todos aqueles holofotes vem aos poucos, até chegar em um ponto que é colocado na mesa o que é justo com os artistas em geral.

Sendo assim, o exemplo claro é o Grammy, que desde a sua lista de indicações foi altamente criticado. Não é de hoje que os telespectadores, bem como artistas, se pronunciam. Mas desta vez, foi algo que mostrou tanto o lado da Academia quanto o de quem está dentro do processo.

Pouca diversidade, corrupção e falta de transparência são alguns dos problemas apontados por celebridades ao falarem do tão prestigiado evento. Aliás, não é difícil enxergar tais pontos quando deixamos de romantizar a grandiosidade que eles apresentam nos palcos.

Por isso, artistas como Zayn Malik, The Weeknd, Halsey e Drake foram alguns nomes que não se calaram e fizeram seu exposed, nas entrelinhas, alfinetando a academia, que precisa sim de mudanças.

Boicote de The Weeknd

Um dos fatores chave para que todo esse movimento viesse a tona foi o boicote de The Weeknd. Como ignorar um artista que mostrou seu valor perante o cenário musical durante um ano inteiro, seja em charts ou em conceito?

Se o que a academia preza é conceito, muitos premiados deveriam ser reavaliados, se a academia busca por conteúdo, muitas categorias deveriam ser repensadas.

The Weeknd, bem como outros artistas entregaram em um ano atípico muito mais que um álbum, trouxeram identidade visual, ressuscitaram estilos de décadas passadas que foram adaptadas para a realidade, dentre outros detalhes.

Abel ainda chegou a expor que até o último instante havia negociações de performance, havia sim uma chance. Contudo, após o descaso não apenas com ele, mas com inúmeros outros artistas, o próprio cantor deixou claro que não submeterá seus trabalhos à academia.

Descaso

Ademais, Drake também fez críticas ao Grammy. Quando um seguidor perguntou se ele estava surpreso com o caso de The Weeknd, o artista respondeu: “Sim, foi uma surpresa, mas isso é político. Se você não aparece nas festas deles, eles não consideram seu nome”. 

Ou seja, se você não segue um estereótipo é tratado com descaso e esquecido mesmo com o potencial para concorrer e ganhar?

Favoritismo

Há algo nesse meio musical que nunca deve ser esquecido: o favoritismo dos grandes nomes consagrados.

O x da questão não é que eles deixem de concorrer, pelo contrário, eles são artistas que trabalharam duro e buscaram também por reconhecimento em seus projetos. Mas o questionamento é: até que ponto alguns vencem por seus trabalhos apresentados e outros por mero status?

Racismo e Xenofobia

Por conseguinte, o tópico sensível e necessário precisa SIM ser tratado, comentado, exposto e discutido.

Racismo e Xenofobia no século XXI beiram a ignorância humana, uma vez que passamos anos lutando por igualdade, por quê não obtê-la em todos os aspectos da vida?

Não é sobre uma manifestação na rua contra o abuso de poder e violência física. É sobre igualdade na música, no cinema, no esporte, é sobre entender que talento e trabalho bom vem de todas as partes do mundo e de diferentes raças.

Então, como exemplo simples e claro de ser compreendido temos o caso da Nick Minaj e BTS. A artista se juntou ao coro de pessoas nas redes sociais apontando questões raciais como um problema do evento:

“Nunca se esqueçam que o Grammy não me deu o prêmio de Artista Revelação quando eu tinha 7 músicas simultaneamente nas paradas da Billboard e a melhor semana de lançamento que qualquer mulher rapper em uma década, o que inspirou uma geração. Eles deram para o homem branco Bon Iver”. 

Logo, BTS foi nomeado, o ato coreano em uma premiação como o Grammy. Concorreu com grandes nomes? Sim, isso é verdade. No entanto, eles trabalharam duro pra conseguir fazer com que o nome saísse da Coreia e chegasse onde chegou.

Entretanto, o que aconteceu na edição deste ano não foi somente sobre levar ou não a estatueta. Mas o que pareceu ser foi que, para amenizar as polêmicas que a rodeiam, indicaram o grupo com uma música inglês, até porque indicar uma canção completamente em coreano seria um ultraje, não é mesmo? Bom, para eles essa é a realidade. Afinal, ignoraram as outras categorias submetidas com trabalhos comprovados mundialmente, estes os maiores que 2020 teve.

Mais uma vez, deixo salvo que, não é pela estatueta, mas sim pelo contexto que envolvem as indicações. Até que ponto eles reconhecem o esforço e não números de audiência?

Política de indicações no Grammy

Por fim, dois pronunciamentos de suma importância não poderiam ficar de fora. Halsey e Zayn Malik soltaram o verbo nas redes sociais trazendo pontos como uma boa campanha boca a boca, apertos de mãos, “subornos” e publicidade.

Confira então a declaração de Halsey:

“Eu estive pensando e queria escolher minhas palavras cuidadosamente, porque muitas pessoas demonstraram apreço e pediram desculpas a mim depois das indicações ao Grammy. O Grammy é um processo elusivo. Muitas vezes pode ser sobre performances privativas de bastidores, conhecer as pessoas certas, fazer campanha de boca a boca, com os apertos de mãos certos e “subornos” que podem ser tão ambíguos a ponto de não serem vistos como subornos. E se você chegar a tal ponto, é sobre você se comprometer com performances de TV exclusivas e ter a certeza que você ajude a Academia a ganhar milhões em publicidade na noite do prêmio.”

A cantora ainda demonstrou apoio a The Weeknd: “Talvez de vez em quando seja, mas nem sempre é sobre música, qualidade ou cultura. Só queria tirar isso do meu peito. The Weeknd merecia mais, assim como Manic também. Talvez seja impróprio eu dizer isso, mas não consigo me importar mais. Enquanto estou empolgada por meus talentosos amigos que foram reconhecidos neste ano, eu espero por mais transparência ou reforma, mas eu tenho certeza que esse post me colocará numa lista negra de qualquer forma”.

Já Zayn Malik não teve papas na língua e deixou seu momento sincerão a mostra para todos; veja:

“Foda-se o Grammy e todos os associados. A menos que você aperte a mão e envie presentes, não há considerações de nomeação. No ano que vem, enviarei uma cesta de doces para você.” soltou em seu primeiro tweet. “Meu tweet não era pessoal ou sobre elegibilidade, mas sobre a necessidade de inclusão e a falta de transparência do processo de indicação e o espaço que cria e permite o favoritismo, racismo e políticas de relacionamento para influenciar o processo de votação. Vocês estão movendo em centímetros e precisamos nos mover em milhas. Estou mantendo a pressão e lutando por transparência e inclusão. Precisamos ter certeza de que estamos honrando e celebrando a “excelência criativa” de TODOS. Acabar com os comitês secretos. Até então …#fuckthegrammys.”

Não precisamos de esclarecimento, mas sim de mudanças!

Não é sobre eles se pronunciarem, justificarem, ou qualquer outra coisa. É sobre mais transparência e inclusão. Palavras não são suficientes, hoje precisamos de ações e que pessoas que tem voz não se calem em ocasiões como essa.

Que esses artistas afetados entendam que se deram o melhor sim, e não precisam se matar por isso, uma vez que a academia não muda seu pensamento arcaico e sua política suja.

E apesar de ser algo antigo, por ser uma premiação que já acontece há décadas, ainda há tempo para mudanças para que a premiação volte a receber o prestígio e grandiosidade que já teve em algum momento.

Alinne Torre
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Tema por Gabriela Gomes