‘O Natal de Cinderela’ segue a típica receita natalina: personagens carismáticos, roteiro leve e um amor puro. Essa realidade menos cruel traz sabor a produção nos mantendo ansiosos pelo desfecho – mesmo ele sendo previsível. Nesse sentido, o filme “exala clichê” a longa distância. Mas, inesperadamente, segue um caminho equilibrado livrando a produção de tornar-se enjoativa. O idealizado é habilmente misturado ao real proporcionando uma dinâmica bem humorada e até que relacionável aos personagens.
O longa é narrado a partir da perspectiva de Katerine Decker (Laura Marano), uma sonhadora desajustada que sofre com a crueldade de sua madrasta (Johannah Newmarch). Representando a Cinderela que conhecemos, Kat não chega nem perto de viver como uma “donzela a ser resgatada”. Muito pelo contrário, ela caminha pelo mundo abraçada ao seu caderno de composições em busca de uma oportunidade. Seu sonho nos concede momentos genuínos marcados pela honestidade de sua música e nos conecta emocionalmente ao filme. O espírito de natal que envolve o musical é na verdade, a excelente atuação de Laura Marano.
O filme peca no uso exagerado de corretores de voz
Com isso, o único empecilho presente nessa questão é o uso exagerado de auto tune sendo que a atriz já possui uma ótima voz. O modo como as canções ficaram robotizadas é incômodo, mas não é o suficiente para estragar o desempenho da obra. Por outro lado, o “príncipe encantado” desse conto, Dominick (Gregg Sulkin), mostra uma gentileza descomunal que sustenta o quão sem graça ele realmente acaba sendo. Não há nada além disso para dizer sobre esse personagem que está nos holofotes mas aparenta mais ser um plano de fundo para os acontecimentos. Ele é o misterioso papai noel, e o par romântico de Kat e é uma pena que ele tenha sido tão pouco desenvolvido, ainda mais que Skulkin é um ator excepcional.
Decorrente a isso, o grande motor da trama é o anonimato gerado pelo emprego dos protagonistas. Kat trabalha como uma elfo de cabelo rosado, e Nick como o barbudo papai noel. O fato deles já terem se encontrado mas não se reconhecerem traz um ar cômico para as cenas e nos da um gostinho de infância ao se assemelhar um pouco a Hannah Montana. É completamente óbvio qual é a identidade de quem está por trás da fantasia e é a partir dessa obviedade que assistir a essa produção é uma atividade tão divertida.
Porém, o ponto alto do filme não é a concretização do amor de Kat e Nick, mas sim a afirmação de Kat como estrela através de sua apresentação final. Aguardamos o sucesso da menina e o amor que vem entrelaçado a ele, é apenas um detalhe a mais. As belas apresentações e interpretações musicais saciam aos poucos a fome de “quero mais” dos telespectadores, transformando o belo em uma positiva mensagem, a de sempre acreditar em si mesmo e em seus sonhos.
Vale a pena assistir?
‘O Natal De Cinderela’ é o filme teen que você precisa assistir, não pelo quão excelente ele é mas sim pela honestidade dos personagens, e da estória em si. Não é uma produção que ficará marcada, mas é uma escolha perfeita para ser um “filme companhia”.
Avaliação:
O filme já está disponível na Netflix.
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